Uma nova obstrução na Câmara dos Deputados não está descartada caso o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), não paute a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o foro privilegiado e o projeto que concede anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro na próximas semanas.
Segundo a coluna de Igor Gadelha, do portal Metrópoles, parlamentares bolsonaristas cogitam até mesmo nova ocupação da mesa do plenário, apesar do risco de punições aos deputados que participaram da primeira ação.
A oposição esperava que a PEC fosse votada ainda nesta semana. No entanto, após pedidos de partidos de centro e da esquerda, Motta decidiu não incluir a proposta na pauta.
O adiamento foi discutido na reunião de líderes de terça-feira (12), quando o líder do PSD, Antonio Brito, solicitou acesso à versão atualizada do texto antes de definir posição sobre a votação.
Em relação à anistia, o presidente da Câmara já deu indícios de que não pretende pautar o tema, o que tem gerado revolta entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Um projeto auxiliar começou a ser discutido ainda no semestre passado, que não seria uma anistia ampla, geral e irrestrita. Eu não vejo dentro da Casa um ambiente para, por exemplo, anistiar quem planejou matar pessoas”, disse Hugo Motta na quinta-feira (14), durante entrevista à GloboNews.