A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o filho Eduardo Bolsonaro (PL) por terem atrapalhado as investigações do caso de tentativa de golpe de Estado. A medida ocorreu nesta quarta-feira (20) e é parte do relatório que a corporação enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A PF também informou que cumpriu mandados de busca pessoal contra o pastor Silas Malafaia. O líder religioso estava fora do país e desembarcou no Brasil nesta quarta-feira.
Ainda no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, Malafaia foi levado para prestar depoimento. Ele teve aparelhos celulares apreendidos após determinação do STF.
De acordo com as investigações, o pastor teria participado de conversas com Bolsonaro e Eduardo que tratavam de articulação para intimidar autoridades brasileiras e atrapalhar os inquéritos que apuravam o plano para golpe de Estado.
Além da apreensão de aparelhos, Malafaia foi alvo de medidas restritivas. Dentre elas, está a proibição de deixar o país e de manter contato com outros investigados.
Em nota, a PF informou que concluiu as investigações e direcionou o relatório ao STF. Confira:
A Polícia Federal concluiu as investigações que apuraram ações de coação no curso da Ação Penal n° 2668, em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF).
O relatório final foi encaminhado ao STF, nesta sexta-feira (15/8), com o indiciamento de um deputado federal, atualmente no exterior, e de um ex-presidente da República, pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito por meio da restrição ao exercício dos poderes constitucionais.