Luto

Família de professora morta em Ilhéus quebra o silêncio

A família da professora compartilhou a dor de viver o luto de uma perda trágica; A professora era vizinha das outras duas vítimas

mulheres assassinadas em ilhéus
Reprodução

A família de Alexsandra Oliveira Suzart, de 45 anos, uma das três mulheres assassinadas em Ilhéus, no sul da Bahia, no último fim de semana, afirmou em entrevista à Record Bahia que ainda não consegue acreditar no crime.

Professora da rede municipal, Alexsandra foi morta junto com a amiga Maria Helena do Nascimento Bastos, 41, também professora, e a filha dela, Mariana Bastos da Silva, 20.

As três saíram para caminhar com o cachorro de Mariana, na Praia dos Milionários, na sexta-feira (15), e não voltaram para casa. Os corpos foram encontrados no dia seguinte, em uma área de mata no bairro Jardim Atlântico.

“A ficha ainda não caiu. Toda vez que vejo algo que lembra elas, sinto um choque. Sei que não vão voltar mais”, disse Patrícia.

Ela contou que a irmã a recebeu em Ilhéus há sete anos, quando se mudou para cursar a universidade, e que desde então viveram juntas. “Ela foi como uma mãe. Cuidou de mim, da minha vida, da minha família. Esse momento está sendo muito difícil”, afirmou.


Mulher morta em Ilhéus
Alexsandra Oliveira Suzart era vizinha das outras duas vítimas

Repercussão

Segundo Patrícia, a família soube do desaparecimento ainda na sexta-feira, quando o marido de Maria Helena enviou uma mensagem avisando que elas haviam saído para caminhar, mas não retornaram. A partir daí, os parentes iniciaram buscas, encontraram o celular de Alexsandra no apartamento e divulgaram fotos pedindo ajuda para localizar as três.

O marido de Patrícia, Davi Vinícius Costa Gonçalves, também comentou sobre a crueldade do crime. “É revoltante. Não conseguimos entender como alguém consegue fazer tanta maldade com três mulheres. Elas ainda tentaram se defender. Não havia motivo, nenhuma razão”, afirmou.

“Todos os dias acordamos tentando acreditar que foi só um pesadelo, que vamos encontrá-las vivas e bem. Mas, infelizmente, o tempo não volta”, completou.

Legado

Segundo a família, a caminhada que as três faziam era uma rotina. O percurso seguia do prédio onde moravam até o Hotel Opaba, na orla sul da cidade. As vítimas eram conhecidas pela dedicação à comunidade escolar e ao convívio familiar. Alexandra Oliveira Suzart, chamada de “Tia Lê” pelas crianças, era lembrada pelo carinho com os sobrinhos.