Saúde

Especialista alerta para os riscos das canetas emagrecedoras

Náuseas, vômitos, constipação e alterações gástricas estão entre os efeitos colaterais mais comuns causados pelas canetas

Foto: Reprodução / Novo Nordisk – ND
Foto: Reprodução / Novo Nordisk – ND

O Dia do Nutricionista, celebrado em 31 de agosto, é uma oportunidade para reforçar a importância da alimentação de qualidade e do acompanhamento profissional no enfrentamento da obesidade. A doença crônica aumenta o risco de diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, apneia do sono e outras complicações graves, afetando diretamente a expectativa e a qualidade de vida.

Nesse contexto, as chamadas canetas emagrecedoras têm ganhado espaço como promessa de resultados rápidos. Indicadas originalmente para o tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade, essas terapias injetáveis atuam em receptores intestinais e cerebrais, promovendo saciedade e retardando o esvaziamento gástrico. Com isso, reduzem o consumo alimentar e favorecem o déficit calórico, considerado mecanismo essencial para o emagrecimento.

Apesar dos benefícios, especialistas alertam para os riscos do uso indiscriminado. Náuseas, vômitos, constipação e alterações gástricas estão entre os efeitos colaterais mais comuns. Além disso, a interrupção do tratamento sem estratégias adequadas aumenta significativamente o risco de reganho de peso, já que o organismo tende a retornar ao maior peso que a pessoa já teve.

A nutricionista Mayara Cardoso, coordenadora do curso de Nutrição da Estácio, reforça a necessidade de cautela. “O uso dessas canetas precisa ser sempre orientado por médicos e acompanhado por nutricionistas. Quando utilizadas sem supervisão, podem levar à perda excessiva de massa muscular e até a quadros de desnutrição, já que reduzem de forma intensa o consumo alimentar. Para evitar esses riscos, é fundamental garantir ingestão adequada de proteínas de alto valor biológico, como ovos, frango e carnes magras, além de uma dieta rica em frutas, vegetais e fibras”, explica Mayara.