O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não deve comparecer à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (2), quando começa o julgamento em que é réu por tentativa de golpe de Estado. Devido a questões de saúde, a recomendação de médicos, familiares e advogados é que ele acompanhe as sessões de forma remota.
Em prisão domiciliar desde agosto, Bolsonaro voltou a apresentar crises de soluços e vômitos nos últimos dias. Na última sexta-feira (29), o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) demonstrou preocupação com o estado de saúde do pai após visitá-lo.
“Está magro, não tem vontade de se alimentar e segue enfrentando intermináveis crises de soluço e vômitos”, escreveu nas redes sociais.
Além da condição de saúde, há receio entre aliados de que Bolsonaro possa novamente descumprir medidas cautelares caso vá ao Supremo.
Ainda assim, a decisão final caberá a Bolsonaro. O ex-presidente pode, por exemplo, optar por comparecer pessoalmente ao julgamento como demonstração de força.
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Presença não é obrigatória
Réus não são obrigados a estar presentes durante o julgamento no STF. Eles serão formalmente representados pelos advogados, que terão uma hora para apresentar a defesa.
Vale ressaltar que, caso Bolsonaro decida ir às sessões, precisará solicitar autorização ao relator, ministro Alexandre de Moraes, por estar em prisão domiciliar.
Segurança reforçada
Em razão do julgamento da trama golpista, o STF reforçou a segurança interna e ampliou a articulação com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, com atenção especial ao 7 de setembro.
A data é considerada de risco pelo simbolismo e histórico de tensões em Brasília, como as registradas em 2021, quando apoiadores de Bolsonaro chegaram a ameaçar invasões na Esplanada dos Ministérios.
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