O advogado Antônio Jorge Santos Júnior, alvo da operação “Fake Freedom” deflagrada na quinta-feira (11) pela Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), se manifestou nas redes sociais e negou qualquer participação em fraude judicial para tentar soltar o traficante Averaldinho Ferreira da Silva Filho, o “Averaldinho”.
Em publicações feitas em suas redes sociais, ele afirmou que não foi preso, não houve mandado de prisão em seu desfavor e que o que ocorreu foi apenas o cumprimento de mandado de busca e apreensão em seu escritório.
“Houve sim mandado de busca e apreensão em meu escritório e pegou notebooks de minhas associadas, que assim como eu são inocentes e não têm nada a ver com essa confusão toda”, escreveu.
O advogado também declarou ter apresentado à polícia provas de que teria sido induzido a erro, ao receber de outro profissional um documento que aparentava ser verídico. Ele afirma que esteve pessoalmente na sede do Draco no mês passado, entregando toda a documentação necessária.
“Não falsifiquei documento algum, não sabia que o documento era falso e tenho PROVAS de tudo isso: e-mails, prints, conversas etc.”, garantiu.
Ele ainda classificou a cobertura jornalística sobre o caso como “sensacionalista” e disse que está processando veículos que, segundo ele, teriam divulgado informações inverídicas.
Operação Fake Freedom
A operação “Fake Freedom” foi deflagrada após a Polícia Civil identificar uma decisão judicial falsificada atribuída ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), supostamente utilizada para tentar a soltura de “Averaldinho”, apontado como chefe de uma organização criminosa com atuação no Calabar e no Alto das Pombas, em Salvador.
Durante a ação, foram apreendidos notebooks, máquinas de cartão, pen drives e documentos em um imóvel de luxo no Corredor da Vitória, vinculado ao advogado. A Justiça determinou ainda a suspensão do exercício profissional de Antônio Jorge até a conclusão das investigações.