
Carro não é luxo e sim necessidade. Foi nessa perspectiva que Antônio da Paixão decidiu comprar um veículo para atender suas demandas diárias. Mas o que parecia uma solução se tornou uma grande dor de cabeça. O carro que ele adquiriu tinha uma restrição de roubo e que só foi descoberta após ele realizar a transação comercial.
Em contato com a equipe do PS Notícias, Antônio informou que comprou o carro no mês de junho deste ano, na empresa Movida. Entretanto, ao realizar a vistoria no Detran foi informado que o chassi do veículo tinha sido adulterado, fato posteriormente comprovado através de laudo pericial. Posteriormente, Antônio descobriu que havia uma ocorrência de roubo do carro, no estado de Pernambuco, no ano de 2017.
“Fui informado no Detran que o carro estava com chassi adulterado e tomei um susto. Corri o risco de ser preso. Depois descobri que o carro foi roubado. Busquei a Movida pensando que era uma empresa série e agora estou com esse prejuízo. Paguei o veículo à vista e agora eles não querem devolver o meu dinheiro”, desabafa.

De acordo com o laudo expedido pela SB Consultoria Automotiva, o carro foi “fruto de furto/ roubo. Não apresenta campo de visão na mumeração motor. Além disso, o motor não pertence ao modelo. Por fim, o laudo dá conta que há adulteração na numeração do chassi”.
Na tentativa de buscar uma solução para o problema, Antônio recorreu ao advogado Douglas Vicente, que relatou sobre a dificuldade de resolver a situação de forma amigável.
“Uma situação gravíssima. O cliente buscou uma empresa que para ele era confiável e que violou todas as regras de consumo. Essa negligência poderia ter custado a liberdade do meu cliente, já que ele pagou pelo veículo e poderia ser enquadrado em uma situação de receptação. Só nos restou entrar com uma ação judicial. Conseguimos uma liminar para que ele utilize um outro veículo até que a situação seja resolvida.”, pontuou.
Posicionamento da Movida
A equipe do PS Notícias buscou contato com a empresa Movida, que em nota informou que no momento da comercialização, o automóvel possuía documentação regular e válida.
“A empresa tomou conhecimento das alegações referentes a divergências no chassi e da existência de apontamento em laudo pericial, e já está acompanhando o caso junto aos órgãos competentes para apuração e regularização”, informou..
Ainda segundo a Movida, “foi oferecida ao cliente a alternativa de cancelamento da venda, solução que não foi aceita até o presente momento. A Empresa segue à disposição para a construção da melhor solução, reafirmando seu compromisso com a transparência, a conformidade legal e a satisfação de seus clientes”.


