O Tribunal do Júri de Pedra Azul, em Minas Gerais, condenou o policial militar Amauri dos Santos Araújo a 33 anos e 8 meses de prisão pelo assassinato da dentista Ana Luiza Dompsin, morta com um tiro na nuca em 2021.
O crime aconteceu em Divisa Alegre (MG), onde Ana Luiza trabalhava. Ambos eram baianos e mantinham um relacionamento desde 2019, marcado por agressões. Testemunhos revelaram que Amauri já havia apontado uma arma para a cabeça dela e, em outra ocasião, fraturado sua mão.
Segundo a acusação, no dia do crime o policial discutiu com Ana Luiza em sua casa, atirou na cabeça dela e depois tentou simular um suicídio, alterando a cena. Os laudos periciais comprovaram que o disparo foi feito por trás da cabeça da vítima.
O júri enquadrou o caso como feminicídio qualificado por motivo torpe, dificuldade de defesa da vítima e violência de gênero. Além do homicídio, Amauri também recebeu condenação por fraude processual e ao pagamento de 640 dias-multa.
O julgamento começou na terça-feira (16) pela manhã e terminou na noite de quarta-feira (17). Em nota, a defesa afirmou que a sentença “vai de encontro a todas as provas constantes dos autos, inclusive àquelas apresentadas pela própria acusação”.