
O deputado federal Mário Negromonte Júnior (PP) afirmou estar arrependido por ter votado a favor da PEC da Blindagem — proposta aprovada pela Câmara que dificulta a abertura de ações penais contra parlamentares. O texto ainda seguirá para análise no Senado.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Mário Júnior declarou que a PEC não o representa e explicou os motivos de sua posição.
Eu estou muito tranquilo em relação a isso, porque eu fiz pensando o que estava fazendo… fiz com o meu coração aberto, como advogado, e, na verdade, uma PEC começou para ser uma PEC das Prerrogativas, para resgatar o que tinha sido tirado ao longo do tempo, lá de 1988, na Constituição de 88, trocou-se relatores. No dia da votação, muda-se o texto sem os deputados saberem, isso com acordo com os partidos e fomos pegos surpresa”, disse o parlamentar.
O parlamentar também destacou que a proposta foi distorcida ao longo do processo legislativo:
A PEC da Prerrogativa, para restabelecer o que foi perdido desde a Constituição de 1988, virou a PEC da Blindagem e depois a PEC da Bandidagem. E isso é uma coisa que dói muito no coração da sociedade e eu entendo. O que deixa meu coração tranquilo é que eu fiz pensando na Justiça e na Constituição Federal, mas talvez outras pessoas tenham outro objetivo para ela, mas não vai passar não, Deus é grande.”
Ainda durante a fala, reforçou sua posição contra a anistia: “Eu queria deixar esse registro muito claro da minha posição. E ela está muito clara, porque logo em seguida eu votei contra a anistia. Anistia não. Quem deve, tem que pagar.”