Setembro Amarelo

Psicóloga alerta como identificar impacto das redes sociais na saúde mental das crianças

Com o avanço da tecnologia, especialistas orientam um olhar mais atento dos pais e responsáveis

Foto: Reprodução/Canva
Foto: Reprodução/Canva

O Setembro Amarelo chama atenção para importância de cuidados com a saúde mental em todas as idades. Com o avanço da tecnologia, especialistas orientam um olhar mais atento dos pais e responsáveis para crianças e adolescentes. Nesse contexto, reforçam a facilidade ao acesso e uso indiscriminado das redes sociais e inteligências artificiais por crianças.

Em entrevista ao PS Notícias, a psicóloga Beatriz Cunha explicou que em casos de excesso de tela, mudanças no comportamento podem servir de alerta para os pais. Além disso reforçou que o diálogo aberto é a melhor forma para transmitir segurança e conseguir transmitir os perigos do ambiente digital.

“Mudanças de comportamento como o isolamento da criança ou adolescente, se afastando dos amigos e/ou família, dando preferência aos momentos nas redes sociais, agressividade, instabilidade emocional, caída no desempenho escolar […] O diálogo aberto entre pais e filhos é fundamental para desenvolver a confiança na relação, sendo possível alertar aos filhos sobre os riscos que o uso indevido pode oferecer, assim como as oportunidades que o ambiente digital oferece”, relatou Beatriz.

A especialista também lembra que a supervisão digital é essencial e que para além de fiscalizar, os pais precisam estar presentes, desenvolvendo um espaço de confiança. É recomendável que as orientações dos pais sejam alinhadas com os serviços de terapia para estimular melhor o autoconhecimento.

“O acompanhamento terapêutico possibilita o autoconhecimento, o desenvolvimento emocional e comportamental das crianças e adolescentes”, disse a psicóloga.

Para equilibrar o uso saudável da tecnologia e evitar excessos de tela, a profissional sugere criar rotinas que incluam outras atividades, especialmente físicas. Assim, estimulando os jovens a valorizarem momentos sem tecnologia como forma de lazer.

“Definir um limite de tempo paro o uso é uma possibilidade, criar uma rotina com atividades que não tenha acesso à internet, como por exemplo a prática de exercícios e hobbies que sejam do interesse da criança e/ou adolescente (ballet, capoeira, natação, pinturas, entre outras)”, aponta.