Impacto negativo

Daniel Almeida diz que PEC da Blindagem e anistia vão refletir nas eleições de 2026: “Eleitor vai ficar atento”

Em entrevista à Salvador FM, deputado federal refletiu cenário atual do Congresso

Foto: Reprodução
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O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) afirmou nesta terça-feira (23), em entrevista à Salvador FM, que não tem dúvidas de que o debate em torno da PEC da Blindagem e do PL da Anistia terá reflexos nas eleições de 2026.

Contrário às propostas, o parlamentar baiano destacou que o eleitor não esquecerá os nomes que votaram a favor de blindar parlamentares de processos criminais e de anistiar condenados por atentar contra a democracia.

“Sem dúvida nenhuma, o eleitor vai ficar atento. (…) Espero que continue a acompanhar de perto cada tema em debate no Congresso Nacional, se posicione claramente e interfira no processo eleitoral. Nós somos representantes do povo e devemos prestar contas aos nossos eleitores. Tem temas que são inegociáveis”, disse.

Daniel reforçou ainda a importância da participação popular no acompanhamento das decisões do Congresso. 

Ao lembrar que, após a pressão das ruas, deputados que haviam apoiado a PEC da Blindagem recuaram, ele destacou que apenas o eleitorado tem o poder de mudar a posição de parlamentares.

“Faço um apelo para que o eleitor cobre de cada parlamentar. Esse episódio mostrou a necessidade desse acompanhamento, pois quando ele existe é capaz de alterar opiniões. A democracia é isso. Não tenho dúvida de que haverá impacto na eleição do ano que vem e espero que seja profundo”, completou.

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Perfil do Congresso

Ainda na entrevista, Daniel Almeida avaliou que o Congresso eleito em 2022 é majoritariamente conservador e destoa do perfil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para ele, essa configuração dificulta a harmonia entre os Poderes Legislativo e Executivo.

“O Congresso atual está em descompasso com o voto do eleitor para o Executivo. Em 2022, a população optou pela esquerda ao eleger o presidente Lula, mas escolheu um Congresso de direita e extrema-direita, o que compromete o funcionamento harmônico das instituições. Espero que esses episódios façam o eleitor refletir e mudar o perfil conservador do Parlamento”, concluiu.