Grazi Massafera relembra desprezo de colegas no início da carreira: "elenco se reuniu e tirou sarro de mim"

Prestes a viver sua primeira vilã em “Três Graças”, próxima novela da TV Globo, Grazi Massafera já viveu momentos ruins na carreira. Famosa após participar do Big Brother Brasil 2005, a atriz enfrentou o desprezo de colegas de trabalho quando começou na atuação.

Seu primeiro trabalho nas telinhas foi como Thelminha, em Páginas da Vida. A novela, que foi ao ar em 2006, enfrentou conflitos nos bastidores.

“O elenco se reuniu um dia e tirou sarro de mim, pedindo para eu procurar ‘galharufas’. Não sabia, mas era um trote. No teatro, galharufa é um objeto simbólico dado como amuleto a iniciantes. Fiquei mal. Era uma estranha no ninho, e eles passavam do ponto. Só pensava: o espaço existe, vou me dedicar. E como tudo na vida — se eu for limpar um chão, eu me dedico —, não seria diferente. Não pensava em ser aceita, mas em realizar”, desabafou em entrevista ao site O Globo.

O preconceito não parou por ali e Massafera precisou lidar com julgamentos de grandes nomes da televisão brasileira. Entre os atores, estavam Otavio Augusto, José Wilker e Miguel Falabela.

“Otavio Augusto, em “Tempos modernos”, não quis contracenar comigo. Fez a cena olhando para a parede e foi embora. E eu fiz sem ele. Isso aconteceu outras vezes. Depois, trabalhamos juntos novamente e ele pegou minha mão e disse: ‘É uma honra trabalhar com você. Desculpa o que aconteceu’. Ganhei um prêmio de atriz revelação, e o José Wilker era o homenageado. Ele disse: ‘Não desço na mesma escada que essa BBB’, com aquela voz que eu achava incrível. E teve o Miguel Falabella. Quando fui escolhida para Negócio da China, ele me praguejou. Depois, foi um amor e veio falar comigo.

Reconhecimento em Verdades Secretas

Segundo Grazi, a primeira vez que ela se sentiu verdadeiramente reconhecida foi quando interpretou a dependente química Larissa, em Verdades Secretas. A novela foi ao ar em 2015 e, na época, a atriz foi indicada ao Emmy.

“Pela primeira vez, era respeitada quando entrava em cena. Com a Larissa, vi que o sentimento que empresto a um personagem pode servir de reflexão. Eu me apaixonei pela profissão. Comecei a trabalhar por amor, não por dinheiro ou vaidade”, comemorou.