O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (2) que a aprovação da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil e a taxação dos super-ricos “corrige uma grande injustiça com os trabalhadores brasileiros”, que, segundo ele, passaram a pagar mais impostos ao longo dos anos sem ter aumento real no salário.
“A aprovação da isenção do Imposto de Renda na Câmara corrige uma grande injustiça. Entre 2016 e 2022, a faixa de isenção não teve nenhum reajuste. Ano a ano, milhões de brasileiros passaram a pagar cada vez mais imposto de renda sem ter ganho real, pois o salário mínimo também ficou congelado”, afirmou o petista em publicação na rede X.
Lula disse ainda que, desde que assumiu o terceiro mandato, em janeiro de 2023, o governo já reajustou a tabela de isenção do imposto três vezes.
Segundo o presidente, a faixa de isenção passou de R$ 1.903,98 para R$ 2.640 em 2023, subiu para R$ 2.824 em 2024 e para R$ 3.036 em 2025. A partir de 2026, todos os brasileiros que recebem até R$ 5 mil estarão isentos, e quem ganha até R$ 7.350 terá desconto no imposto.
“O projeto aprovado ontem na Câmara beneficia 10 milhões de trabalhadores que passarão a ser isentos. Mais 5 milhões pagarão menos imposto. Eles se somarão a outras 10 milhões de pessoas que já deixaram de pagar IR com os reajustes desde 2023. Em contrapartida, um grupo de pessoas muito ricas passará a contribuir com mais, garantindo justiça tributária”, concluiu.
Entenda
Atualmente, são isentos do imposto os que ganham até R$ 3.036. O projeto aprovado pela Câmara determina que, a partir de 2026, pessoas com renda de até R$ 5 mil terão desconto mensal de até R$ 312,89, zerando o imposto devido.
Quem ganha de R$ 5.000,01 a R$ 7.350 terá desconto de R$ 978,62.
Para compensar a isenção, estimada em R$ 25,8 bilhões anuais, o projeto prevê tributação de pessoas com rendimentos acima de R$ 600 mil por ano, com alíquota progressiva de até 10%.
A alíquota máxima valerá para quem recebe a partir de R$ 1,2 milhão anuais e não será aplicada a quem já paga a alíquota máxima do IR, de 27,5%.
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