Intoxicação por metanol

Ministro da Saúde pede a brasileiros que evitem consumir bebidas destiladas 

Segundo Alexandre Padilha, há registro de 59 casos de intoxicação

Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recomendou na quinta-feira (2) que a população evite consumir bebidas destiladas sem garantia de origem, diante do aumento de casos de adulteração com metanol no Brasil. Até o momento, o governo federal registrou 59 notificações de intoxicação, entre suspeitas e confirmações.

“Recomendo na condição de ministro da Saúde, mas também como médico: evite, neste momento, ingerir um produto destilado, sobretudo os incolores, que você não tem a absoluta certeza da origem dele. Não estou falando de um produto essencial para a vida das pessoas”, afirmou.

Padilha disse ainda que a técnica usada por criminosos para adulterar destilados é mais difícil de ser aplicada em cervejas. 

“Estamos diante de um crime com produtos destilados, incolores, que permitem adulterações. Já no caso da cerveja, que tem tampa, gás e características próprias, é muito mais difícil”, reforçou.

O metanol é um álcool de uso industrial presente em solventes e outros produtos químicos. A substância é altamente tóxica quando ingerida e pode causar danos ao fígado, medula, cérebro e nervo óptico, levando à cegueira, coma e até morte. Também pode provocar insuficiência pulmonar e renal.

Casos no Brasil

Segundo a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), não há registros no estado. No restante do país, o Ministério da Saúde confirmou 59 notificações de intoxicação por metanol:

  • 53 em São Paulo;
  • 5 em Pernambuco;
  • 1 no Distrito Federal.