Buzu de volta

Ônibus voltam a circular em São Marcos, mas sindicato faz apelo

Os ônibus estavam sem circular no bairro desde uma intervenção policial que resultou na morte de um adolescente de 16 anos

Foto: Betto Jr. / Secom PMS
Foto: Betto Jr. / Secom PMS

Os ônibus do transporte público que não estavam entrando no bairro de São Marcos, em Salvador, voltaram a circular na manhã desta sexta-feira (3). Os veículos, no entanto, só estão circulando na via principal, a Direita de São Marcos.

Até as primeiras horas da manhã, a população precisava caminhar até outras regiões para ter acesso ao transporte público. Foram cinco dias de paralisação devido a protestos de moradores contra a morte de um adolescente de 16 anos durante uma operação policial no último final de semana.

Retorno

Em entrevista à Salvador FM, Daniel Mota, diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários, ressaltou que os moradores não podem ultrapassar o limite do respeito ao transporte coletivo, pedindo que os veículos não sejam alvo de vandalismo.

“Tivemos praticamente uma semana sem circulação de ônibus na região de São Marcos e adjacências. Todos acompanharam esse processo, inclusive com veículos atravessados durante os protestos. Não quero discutir o mérito das manifestações, mas faço um apelo à população: o ônibus é amigo da cidade. Quando o transporte não circula, milhares de pessoas são prejudicadas. Peço que os protestos aconteçam, mas sem impedir a passagem dos coletivos, sem tomar a chave da mão dos rodoviários ou atravessar os veículos no meio da via, o que causa pânico tanto nos trabalhadores quanto nos passageiros”, comentou.

Acordo

Ainda de acordo com Mota, houve um acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) e o sindicato, para que a circulação seja retomada normalmente também para outras vias.

“Vamos aguardar que os ônibus não sejam depredados nem violentados, e que motoristas e cobradores possam trabalhar em paz. Nós transportamos toda a população, sem distinção de cor, religião ou crença. O ônibus é um serviço essencial para a cidade. Por isso, reforço meu apelo: que tenhamos tranquilidade, que os protestos sejam pacíficos e que os ônibus, que são amigos da cidade, não sejam alvo de violência”, finalizou.