O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), indicou nesta segunda-feira (7) que pode se aposentar antes do prazo. Durante evento em Salvador, o magistrado disse que é especial encerrar o ciclo profissional no mesmo lugar onde ele começou. Barroso foi indicado ao STF pela então presidente Dilma Rousseff (PT), em 2013.
“Esse é um momento muito especial para mim, de muita alegria. Comecei a minha carreira no Supremo aqui e, de certa forma, estou terminando aqui. A vida é feita de muitos ciclos. A gente deve saber a hora de entrar e a hora de sair”, disse.
Barroso esteve na capital baiana para participar do XVII Encontro do Conselho de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil. Desde que deixou a presidência do STF, no fim de setembro, o ministro tem sinalizado que pode antecipar a aposentadoria.
Pela legislação, ele poderia permanecer no tribunal até 2033, quando completará 75 anos (idade-limite para ministros do Supremo e de outras cortes superiores).
Sucessão em disputa
A possível saída de Barroso abriu novas articulações políticas em torno de uma futura indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o STF. Nos bastidores, quatro nomes despontam como favoritos para ocupar a cadeira.
O mais cotado é o advogado-geral da União, Jorge Messias, considerado homem de confiança de Lula. Também são citados o ministro do TCU, Bruno Dantas; o controlador-geral da União, Vinícius Carvalho; e o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), aliado próximo do decano Gilmar Mendes.