O taxista Carlos Mendes Júnior enfrentou nesta terça-feira (7), após mais de dez anos de espera, o Júri Popular que o condenou a mais de 29 anos de prisão em regime fechado pela morte da ex-esposa Helmarta Sousa Santos Luz, no Fórum Gonçalo Porto de Souza, em Valença, no Baixo Sul da Bahia.
Helmarta, que era auxiliar administrativa, foi estrangulada e teve o corpo lançado no rio Jacuripe, na Ilha de Itaparica.
Julgamento
Durante o julgamento, além dos seis jurados, estavam presentes a filha da vítima, uma adolescente de 15 anos, o namorado e o irmão dela. Também foram ouvidos testemunhas, um perito criminal, o médico legista responsável pela necropsia e o coordenador do Departamento de Polícia Técnica (DPT).
A vítima desapareceu em 24 de setembro de 2014, em Valença, onde morava. Naquele dia, ela não cumpriu sua rotina de trabalho, o que levantou suspeitas entre os colegas e familiares. Sem conseguir contato com Helmarta, os parentes chegaram a acreditar na possibilidade de sequestro.
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Prisão e confissão
Durante as investigações, a Polícia Civil passou a considerar o taxista como principal suspeito. Suas versões contraditórias e o fato de apresentar arranhões pelo corpo reforçaram a desconfiança. Além disso, câmeras de segurança mostraram que ele não estava no local onde dizia estar no momento do desaparecimento.
Após ser preso, Carlos Mendes Júnior confessou o crime. Ele relatou ter estrangulado a ex-companheira com uma corda após marcar um encontro e, em seguida, lançado o corpo da vítima de uma altura de cerca de 20 metros da Ponte do Funil, em Itaparica.
Segundo as investigações, ele transportou o corpo dentro de uma mala, no porta-malas do carro, e utilizou pesos de academia para impedir que o corpo boiasse. Carlos, descrito como ciumento e possessivo, estava separado havia oito meses e não aceitava o fim do relacionamento.
