Um homem apontado como um dos maiores chefes de um grupo criminoso da Bahia teve a prisão preventiva convertida para domiciliar para que ele possa cuidar do filho com autismo, uma criança de 6 anos.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a prisão domiciliar humanitária após a defesa alegar que o réu era imprescindível aos cuidados da criança. No entanto, após recurso do Ministério Público Federal (MPF), o ministro Ribeiro Dantas revogou a decisão. O MPF sustentou que o acusado não era essencial no tratamento do filho e representava alto risco à ordem pública.
Preso desde 2023 na Operação Tarja Preta, que investigou tráfico de drogas e porte ilegal de armas, Venício é apontado como um dos chefes de uma facção criminosa na Bahia. O MPF argumentou que o réu não era imprescindível aos cuidados da criança e representava alta periculosidade.
O ministro Ribeiro Dantas, relator do caso, acatou o pedido e restabeleceu a prisão preventiva. Ele citiu fortes indícios da participação de “Fofão” em subornos, articulações criminosas e tentativas de entrada de armas e celulares em presídios.
As investigações apontam que Venício utilizava familiares para lavar dinheiro do tráfico por meio de uma empresa de festas. Ele teria movimentado cerca de R$ 3,4 milhões em Camaçari e Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.