Maior pipoca do mundo

Kannário diz que não é contra atuação da polícia, mas pede fim das agressões ao seu público

Cantor comentou polêmica do Carnaval ao relembrar episódio em que deixou o trio após criticar ação de policiais durante a folia

Foto: Reprodução / Salvador FM
Foto: Reprodução / Salvador FM

O cantor Igor Kannário foi o convidado do programa Pida! Music, da Salvador FM (92.3), nesta terça-feira (4). Durante a entrevista, comandada por Léo Sampaio, o artista relembrou o episódio em que abandonou o trio durante o Carnaval deste ano.

Na ocasião, ele deixou o trio pipoca que comandava no circuito Osmar (Campo Grande), após criticar a atuação da Polícia Militar com os foliões. Kannário chegou a afirmar que não queria mais se apresentar no Carnaval de Salvador por não aceitar ver o público sendo agredido.

Na entrevista ao Pida!, o cantor disse que a decisão de deixar o trio não partiu de uma vontade pessoal, mas teve como objetivo chamar a atenção para que o momento fosse respeitado.

“Eu só quis chamar a atenção para que as pessoas respeitassem o nosso momento e que eles não crucificassem a gente por conta de alguns outros, ao ponto de agredir quem não tem nada haver”, disse Kannário.

Além disso, ele destacou que situações semelhantes já haviam ocorrido antes, até mesmo por ele não realizar a volta e ter parado na Castro Alves.

“Eu não quero que parem de fazer a segurança do meu público. Eu quero que parem de agredir o meu público”, salientou.

“Público da confusão”

Ao ser questionado sobre o fato de seu público ser associado a confusões, o cantor rebateu que “uma mentira contada várias vezes, em algum momento, é vista como verdade. Além disso, Kannário também citou o exemplo da banda Chiclete com Banana, lembrando que, em determinado momento, o grupo também enfrentou confusões, mas conseguiu contornar a situação.

“Mas vamos ser sinceros e claros: teve um acordo, teve um sentar na mesa, um planejamento, uma boa vontade”

Assim, Kannário afirmou que, por atrair grandes públicos e representar um dos melhores momentos do Carnaval, o ideal seria organizar e estruturar melhor esse espaço.

“Vamos lapidar esse diamante bruto para que ele possa brilhar”, concluiu.