
O técnico do Bahia, Rogério Ceni, detonou a atuação da arbitragem, principalmente do VAR, após mais uma derrota fora de casa. Na noite desta quarta-feira (5), o Tricolor perdeu por 3 a 0 para o Atlético-MG, pela 32ª rodada, na Arena MRV, em jogo marcado por grandes polêmicas.
Auxiliados pelos assistentes Bruno Boschilia (PR) e Douglas Pagung (ES), Davi de Oliveira Lacerda (ES) controlou o termômetro da partida. Além disso, Rafael Traci (SC) estava na cabine do VAR.
Logo no começo do jogo, a primeira polêmica tomou conta da Arena MRV. Júnior Alonso, zagueiro do Atlético-MG, acertou um pisão em Michel Araújo, meia do Bahia. Na ocasião, o VAR nem recomendou a revisão do lance e nem aplicou cartão. O meião do uruguaio foi rasgado.
Para apimentar ainda mais a polêmica de arbitragem do jogo, Kanu foi expulso aos 52 minutos da partida, quando o placar ainda estava 1 a 0 para o Galo. O defensor do Bahia segurou o atacante adversário que partia para receber a bola no “ponto futuro”. Inicialmente, Davi de Oliveira deu apenas amarelo, contudo, após revisão recomendada por Rafael Traci, os dois decidiram mudar a cor do cartão para vermelho direto. Assim, a arbitragem interpretou que o zagueiro tricolor impediu uma “chance clara e manifesta de gol”.
Reclamação de Ceni
Após o apito final, durante entrevista coletiva, o técnico Rogério Ceni criticou a atuação dos árbitros. Além disso, o treinador relembrou que no último jogo do Atlético-MG, o zagueiro Vitor Hugo acabou expulso injustamente, o que teria influenciado nas decisões da arbitragem para o duelo contra o Bahia como uma suposta “compensação”.
“O lado que vai vencer o jogo é o lado que o VAR resolve interferir no futebol brasileiro. Poderia fazer uma análise técnica do jogo, mas o jogo começa em Inter x Atlético-MG, quando o Vitor Hugo vai expulso. Hoje, o jogo foi ditado nesse ritmo. Rafael Traci, que fica escondido, teve a coragem de chamar o lance para expulsão de Kanu, mas não chamou para o lance do Michel [Araújo], que teve o meião rasgado. O que vai ser feito com esse senhor? O VAR não teve a coragem de dar nem um amarelo”, reclamou Ceni.


