Foto: Antonio Queirós / CMS
Foto: Antonio Queirós / CMS

A vereadora Eliete Paraguassu (PSOL), primeira mulher quilombola eleita em Salvador, é alvo de um processo ético-disciplinar no Conselho de Ética da Câmara Municipal por suposta denúncia caluniosa contra o vereador Claudio Tinoco (União Brasil).

A medida tem como base a representação protocolada pela defesa de Tinoco, que foi acusado de racismo por Eliete durante uma sessão ordinária da Casa em maio deste ano.

Na época, a parlamentar também registrou ocorrência na Delegacia Especializada de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa (Decrin).

De acordo com a defesa de Tinoco, a acusação teria sido “sem fundamento”, o que configuraria violação ao Código de Ética da Câmara.

O presidente do Conselho de Ética, vereador Alexandre Aleluia (PL),  confirmou a instauração do processo e informou que Eliete terá 15 dias para apresentar defesa, podendo anexar documentos e indicar testemunhas.

Em nota, a vereadora afirmou que o processo representa uma tentativa de “criminalização da vítima”.

“O Mandato Popular das Águas vai seguir firme. Estamos de pé e continuaremos combatendo e denunciando todas as formas de machismo, racismo e discriminação. Eu sou uma vereadora com os mesmos direitos que os demais 42 parlamentares desta Casa e exijo respeito, porque eu respeito a todos. Não irão me silenciar”,  afirmou Eliete.

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