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  • Elson Júnior lançará a exposião Erê nesta sexta
  • A mostra integra o projeto ARTERUA: Vivências e Experiências
  • A iniciativa transforma o museu em um espaço de criação, acolhimento e partilha
Foto: Divulgação
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O artista Elson Júnior, lança na sexta-feira (14), na sala principal do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC Bahia), a exposição ERÊ com coquetel de abertura às 17h. A mostra integra o projeto ARTERUA: Vivências e Experiências, criado para aproximar a arte urbana, o museu e o território por meio de encontros, oficinas e vivências que dialogam com a cultura negra e suas múltiplas expressões.

Realizada durante o Novembro Negro, a iniciativa transforma o museu em um espaço de criação, acolhimento, bem como partilha, conectando artistas, comunidade e ancestralidade.

Elson Júnior: trajetória e influências

Elson Junior é um artista visual nascido em Salvador (BA), formado em Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia. Sua trajetória é marcada pelo bairro do Curuzu, território de resistência e expressão afro-artística que influencia diretamente sua linguagem estética.

Com uma produção que atravessa a ancestralidade, a crítica social, a identidade e a poesia visual, Elson atua entre o desenho, a pintura e a experimentação com canetas esferográficas, pesquisa que se tornou uma assinatura de sua obra. Participou de exposições e salões em instituições como a Bienal Brazil Black Art, MAM-BA, SESC Pompeia, MUNCAB e o Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica (RJ).

Sua pesquisa visual se conecta com a vivência negra contemporânea, criando pontes entre memória, cotidiano, espiritualidade e futuro.

A Exposição ERÊ: Infância e Ancestralidade

A mostra abre o ciclo de atividades e apresenta obras que investigam a infância negra como potência vital, simbólica e criadora. ERÊ revisita a energia ancestral do brincar, a força da imaginação e a construção de narrativas que atravessam tempo, corpo, território e futuro.

“ERÊ é uma celebração da energia que nos move desde a infância. É lembrar que fomos, e ainda somos, potência criadora. Essa exposição nasce do território, da rua e da memória, e meu desejo é que cada pessoa que entrar aqui se reconheça e se sinta pertencente”, compartilha Elson Júnior.

A exposição ERÊ nasce do diálogo entre o conceito de Erê, representação da criança ancestral nas cosmologias afro-brasileiras. Além disso, destaca a potência criativa que emerge da infância como território de imaginação e memória.

O conjunto visual celebra a infância negra como espaço de invenção, liberdade e resistência. Ele destaca corpos em movimento, cores pulsantes, elementos da cultura afro-brasileira, bem como lembranças afetivas que atravessam gerações. Além disso, ERÊ afirma o brincar como gesto político e a arte como caminho de cura e continuidade.