
A Secretaria da Segurança Pública da Bahia deflagrou, nesta terça-feira (18), a Operação Alta Potência 2. A ação é realizada em conjunto com as Polícias Civil, Militar e Federal, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) Bahia e conta com apoio da Secretaria de Administração Prisional (Seap).
O alvo da operação é uma facção baiana com ligação direta a uma organização criminosa paulista. O grupo é investigado por tráfico de drogas e armas, homicídios e lavagem de dinheiro.
Mandados judiciais estão sendo cumpridos em diversos municípios da Bahia, Salvador, Jequié, Ipiaú, Serrinha, Itagibá, Ubatã, Gandu, Ilhéus, Porto Seguro e Ibirataia, e também nos estados de São Paulo (Guarulhos e Franca), Minas Gerais (Sacramento) e Santa Catarina (Barra Velha).
As investigações foram intensificadas em fevereiro de 2025, após a prisão do líder da facção, capturado em Barra Velha, Santa Catarina, onde estava escondido. A ação envolveu policiais baianos e catarinenses.
Cerca de 250 agentes das forças estaduais e federais participam da Operação Alta Potência 2. De acordo com o coordenador da FICCO Bahia, Eduardo Badaró as investigações se iniciaram com a ocorrência de homicídios nas cidades de Jequié e Ipiaú, em janeiro. Uma pessoa foi presa, sendo possível expandir ainda mais a apuração.
“E, a partir desses dados, coletando mais informações, expandimos essa investigação e identificamos dois eixos operacionais dessa facção: o eixo financeiro, aquele que movimentava bastante dinheiro relacionado ao tráfico, e o eixo operacional, formado por indivíduos que fazem a venda direta da droga nas ruas, a distribuição, a varejo. Então, essa investigação e essa operação, na fase ostensiva, visam exatamente localizar e capturar os indivíduos da venda de drogas e da movimentação financeira. O objetivo é desestruturar completamente essa facção”, explicou Badaró.


