O cientista político João Vitor Vilas Boas acredita que a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) coloca alguns nomes da direita na corrida pela herança do eleitorado do bolsonarismo. Para a eleição presidencial em 2026, a direita tem como opções os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Ronaldo Caiado (UB), de Goiás; Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; e Ratinho Júnior (PSD), do Paraná.
De acordo com João Vitor Vilas Boas, a missão da direita, agora, é encontrar um nome que consiga reunir o que classifica como tríade do bolsonarismo.
“A gente precisa ponderar que Bolsonaro está inelegível e, no momento, preso. Mas o bolsonarismo não perdeu sua capilaridade política. A questão é quem, de fato, vai conseguir herdar este espólio eleitoral”, apontou João Vitor durante entrevista concedida ao programa Ligação Direta na noite desta segunda-feira (24) na Salvador FM.
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Segundo o cientista político, o nome a ser definido pela direita também deverá representar os anseios dos eleitores que fogem da polarização política.
“Eu vejo o bolsonarismo como uma tríade: o conservadorismo dos valores morais, o anti-institucionalismo voltado ao STF e o antipetismo. Quem dos postulantes vai conseguir agregar estas características sem perder eleitores do centro, que também querem sair da polarização?”, questionou.
