
O Vitória deu, nesta segunda-feira (24), o passo mais ousado de sua história recente: apresentou oficialmente o projeto da Arena Barradão, um complexo multiuso que promete transformar o tradicional estádio rubro-negro em uma das estruturas esportivas mais modernas do país.
A nova arena ampliará a capacidade dos atuais 30.793 lugares para 40.597 torcedores, além de multiplicar o número de camarotes — de 20 para 116 unidades, somando cerca de sete mil novos assentos premium. O conceito apresentado inclui ambientes que não existem hoje no Barradão: rooftop panorâmico, restaurantes com visão total do campo, arquibancadas exclusivas e terraços voltados também para eventos corporativos e culturais.
Modelo de gestão e quem toca a obra
A modernização ficará sob responsabilidade do Consórcio SD Arenas, parceria entre a SD Plan e o Grupo AR. Cada empresa atuará com foco definido:
- SD Plan: engenharia, infraestrutura e manutenção;
- Grupo AR: hospitalidade, gastronomia e eventos.
A SD Plan acumula mais de 20 anos no setor e participou de grandes projetos nacionais, incluindo arenas da Copa de 2014 e a recente Arena MRV, do Atlético-MG. Entre as estruturas com participação da empresa estão:
- Arena das Dunas
- Arena Pantanal
- Arena Amazonas
- Mineirão
- Arena MRV
Valor do investimento e impacto para o clube

O projeto está avaliado em R$ 405 milhões, mas a perspectiva é mais ambiciosa: com a arena concluída, o Vitória calcula que seu patrimônio possa saltar para cerca de R$ 1,4 bilhão. A estimativa de receita líquida é de R$ 20 milhões por ano, sem que o clube precise assumir riscos operacionais — responsabilidade que ficará com o consórcio.
Obras começam em 2026 e não afastam o time do Barradão
A reforma só deve sair do papel após aprovação do Conselho Deliberativo, prevista para dezembro. Se confirmado, o início está projetado para o segundo semestre de 2026, em cinco fases cuidadosamente planejadas para manter o estádio ativo.
A prioridade da diretoria é não tirar o Vitória do Barradão. Mesmo assim, a cúpula rubro-negra negocia alternativas com a Arena Fonte Nova e avalia Pituaçu, caso algum trecho da obra exija interrupção temporária.
O presidente Fábio Mota celebrou o anúncio e ressaltou que o projeto é resultado de um processo duradouro:
“É uma nova era do Esporte Clube Vitória. Isso é fruto de três anos e meio de trabalho. Não caiu do céu. Foram muitas reuniões para tornar esse sonho possível.”


