Uma mulher negra relatou ter sido vítima de racismo e xenofobia numa cafeteria no bairro de Santo Antônio Além do Carmo, no Centro Histórico de Salvador. O caso aconteceu segunda-feira (24).
A psicopedagoga Aline Lisbôa divulgou um vídeo nas redes sociais contando a situação que passou na cafeteria com a família. De acordo com ela, um dos atendentes do estabelecimento a tratou com rispidez, ao dizer que se ela não consumisse mais, que era para sair do local.
“Nós tomamos café, consumimos e em outro momento sentamos em uma outra mesa. Após alguns minutos o atendente veio até nós e disse que se não fôssemos consumir mais que era para irmos embora, que ele precisava de mesas livres”.
Aline chegou a questionar se existia alguma fila de espera, mas o atendente informou que não. Além disso, momentos depois uma outra situação aconteceu. Segundo Aline, uma mulher, que se dizia amiga da dona do estabelecimento fez um comentário xenofóbico.
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“Quando estávamos na porta, veio uma senhora de fora. Sondando o que havia acontecido. Ela disse que nós éramos exagerados e disse que Salvador tinha pessoas mal educadas em todos os cantos”.
Diante do ocorrido, a cafeteria Padoca do Carmo divulgou uma nota nas redes sociais informando que lamenta o episódio ocorrido. Além disso, a cafeteria tomou algumas medidas, como desligar o funcionário.
Além disso, os administradores do estabelecimento reuniram-se com a psicopedagoga, especializada em letramento racial, para “contratação do treinamento em letramento racial para todos os funcionários da Padoca, incluindo os temporários e aqueles que não fazem atendimento ao público”.
