Foto: Instagram / Reprodução
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A enfermeira e influenciadora digital Maria Emília Barbosa usou suas redes sociais para relatar que foi vítima de assédio por um personal trainer. A denúncia, feita sem citar o nome do profissional, descreve duas consultas que, segundo ela, seguiram um padrão de abuso travestido de avaliação física.

Maria Emília contou que procurou o personal em janeiro, após a recomendação de amigas. Na primeira consulta, foi surpreendida ao ser informada de que deveria vestir um biquíni para realizar a avaliação. Mesmo desconfortável, tentou seguir o processo acreditando se tratar de um método técnico.

O que ocorreu, porém, soou mais como uma simulação de exame:

“Ele chegava muito perto das minhas partes íntimas, sem tocar, e eu permaneci paralisada, tentando agir naturalmente. Eu não sabia como era o procedimento e achei que talvez fosse assim.”


Retorno após 30 dias: quando o desconforto virou alerta

Um mês depois, após cumprir os treinos enviados pelo personal, voltou ao local para nova avaliação. A enfermeira conta que pediu para permanecer com roupas de academia, mas o profissional vetou a possibilidade — e exigiu que ela usasse biquíni ou ficasse apenas de calcinha e sutiã.

Segundo Maria Emília, durante a segunda sessão o personal reduziu ainda mais a distância entre seus corpos e passou a realizar movimentos de conotação sexual. Foi a partir desse momento que ela percebeu que não estava diante de um procedimento técnico, mas de um episódio claro de assédio.

A influenciadora afirma que tentou afastá-lo quando ele insistiu na aproximação:

“Eu dei um tapa na mão dele e pedi para parar.”

A situação escalou imediatamente. De acordo com o relato, o personal segurou a mão dela, encostou em seu órgão genital e afirmou:

“Veja só como eu fico com você.”

Maria Emília disse ter se vestido rapidamente e deixado o local.


Outras vítimas relatam situações semelhantes

Após o ocorrido, a enfermeira buscou outras mulheres que já haviam passado por atendimentos com o mesmo profissional. Segundo ela, várias relataram episódios semelhantes.

A publicação, feita justamente no Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, reacendeu o debate sobre assédio no ambiente fitness e a vulnerabilidade que muitas alunas enfrentam durante atendimentos individuais — especialmente quando os supostos “protocolos técnicos” são usados para mascarar abusos.