
O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, afirmou na terça-feira (25) que o apoio do partido a qualquer candidatura presidencial em 2026 dependerá de um compromisso explícito com o indulto e o perdão ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que passou a cumprir pena de 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado.
“O primeiro critério, absolutamente excludente, do nosso apoio ao presidente em 2026 é se comprometer a conceder indulto e perdão ao presidente Bolsonaro, extensivo aos que participaram das depredações do 8 de janeiro. Direto e reto”, escreveu nas redes sociais.
A declaração amplia o clima de tensão na direita desde sábado (22), quando Bolsonaro deixou a prisão domiciliar e foi levado preventivamente para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília por risco de fuga.
Com a prisão definitiva determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira, cresce a pressão interna por um nome capaz de liderar o campo bolsonarista em 2026.
Impacto na Bahia
O posicionamento de Ciro Nogueira repercute diretamente na política baiana. O PP, presidido por ele nacionalmente, integra uma federação com o União Brasil, partido do ex-prefeito ACM Neto.
Vice-presidente nacional do União Brasil e pré-candidato ao governo da Bahia em 2026, Neto tenta se manter distante do bolsonarismo e busca se alinhar a um nome de perfil mais moderado na disputa presidencial do próximo ano.
A fala de Ciro reforça o alinhamento do PP com o núcleo mais fiel ao bolsonarismo e aumenta a pressão para que pré-candidatos, inclusive dentro da própria federação, se posicionem sobre o indulto a Jair Bolsonaro.


