O prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), encaminhou à Câmara de Salvador um projeto de lei para criação do Prêmio Wanda Chase. De acordo com o gestor, o objetivo é reconhecer a trajetória cultural de entidades carnavalescas de matriz africana que se destacam pela atuação contínua na preservação, reconhecimento e promoção das expressões culturais afro-brasileiras.
Além disso, as instituições deverão ter contribuição histórica e social para o fortalecimento da identidade cultural do Carnaval de Salvador. Para instituir o prêmio, o prefeito propôs alteração da lei que trata do Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa.
O projeto chegou à Câmara de Salvador na última segunda-feira (2) e, agora, aguarda designação de relator na Comissão de Constituição e Justiça.
Homenagem à Wanda Chase
O nome do prêmio é uma homenagem à jornalista e apresentadora Wanda Chase, que morreu em abril deste ano em Salvador.
“Manauara de nascimento e baiana de coração, foi uma das vozes femininas negras mais potentes e inspiradoras do jornalismo baiano nas últimas décadas. Sua trajetória entrelaça a luta pela igualdade racial e a valorização da cultura afro-brasileira”, argumentou o gestor soteropolitano em mensagem enviada ao presidente da Câmara, vereador Carlos Muniz (PSDB).
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Bruno Reis explicou que Wanda Chase teve presença marcante na comunicação baiana e abriu caminhos para uma representação mais justa e plural da população negra nos meios de informação.
“Ela foi uma defensora incansável dos blocos afros de Salvador, reconhecendo neles a força da ancestralidade, da resistência e da identidade do povo baiano. Sua atuação contribuiu de forma inestimável para o enfrentamento ao racismo e para o fortalecimento da cultura negra, deixando um legado que continua a inspirar novas gerações a lutar por um jornalismo mais humano, diverso e comprometido com a transformação social”, descreveu o chefe do Executivo.
Valorização
Por fim, o prefeito Bruno Reis explicou que o Prêmio Wanda Chase vai valorizar a trajetória das entidades carnavalescas de matriz africana na cidade de Salvador, preservando o legado de quem atua na cultura através da arte e música e respeitando as diretrizes do Estatuto da Igualdade Racial de Salvador.
