

Na última semana, dois dos cinco desembargadores da 2ª Câmara Criminal já votaram a favor do habeas corpus, mas o julgamento foi suspenso depois que outro desembargador, Paulo de Tarso Neves, pediu vista do processo. Os magistrados voltam a se reunir nesta terça.
Na sessão anterior, os desembargadores que votaram pela concessão do habeas corpus citaram como motivo a "inépcia" da denúncia e a falta de provas. A investigação da Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil não foi capaz de identificar qual dos dois policiais militares envolvidos na operação que resultou na morte de Eduardo teria feito o disparo.
Na conclusão do inquérito, divulgada em novembro de 2015, a polícia alegou ainda que o tiro foi disparado pelos PMs em legítima defesa, mas que houve "falha na execução". Na ocasião, os policiais faziam operação contra traficantes de drogas e o garoto ficou na linha de tiro.
Em caso de trancamento da ação penal, o defensor público Daniel Lozoya já disse que irá recorrer.
Relembre o caso
Eduardo de Jesus foi morto por um tiro na porta de casa, no fim da tarde de 2 de abril de 2015, na localidade Areal. Segundo o laudo da perícia, a criança foi atingida por uma bala de “alta energia cinética”, possivelmente disparada de um fuzil. A doméstica Terezinha Maria de Jesus, mãe do menino, disse na ocasião que seu filho havia sido morto por um policial.
“Eu marquei a cara dele. Eu nunca vou esquecer o rosto do PM que acabou com a minha vida. Quando eu corri para falar com ele, ele apontou a arma para mim. Eu falei ‘pode me matar, você já acabou com a minha vida’”, afirmou ela ao G1 no dia do crime.
Reprodução: G1


