
A Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA) pediu ao Tribunal de Justiça a transferência imediata de cem presos que estão no complexo policial de Barreiras, oeste da Bahia, para a casa de detenção provisória da cidade. O pedido foi feito depois de uma tentativa de homicídio de dois presos no sábado (26).

O complexo, que tem capacidade para 28 presos, tinha quase 100 presos. Dez deles foram transferidos na terça-feira (29), cinco para Salvador e cinco para Serrinha. Os internos transferidos foram os que cometeram os crimes e eram líderes das cadeias. O complexo policial de Barreiras tem duas celas e um "cadeião", área onde cabem mais presos do que em uma cela normal. Segundo a Polícia Civil, as condições precárias geram revolta nos presos e limitam o trabalho da polícia.
Enquanto as carceragens do complexo estão acima da lotação, a penitenciária da cidade está pronta há mais de um ano e não tem previsão de quando será inaugurada. A capacidade do local é para 533 presos, mas apenas vigias estão no local, por falta de gestão.
A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) disse que será feita outra licitação para a gestão do centro, porque nas outras que ocorreram, as empresas apresentaram valores acima do estabelecido no edital.
O coordenador da 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), Rivaldo Luz, disse que ainda não comenta o pedido da Defensoria.

Celulares, carregadores e facas foram encontradas pela Polícia Civil de Barreiras após uma revista no complexo policial do município, na segunda-feira (28).
Ainda de acordo com a polícia, revistas nas celas acontecem periodicamente no complexo de Barreiras.
Os equipamentos encontrados serão investigados e destruídos pela polícia.
Reprodução/G1


