

A lista de presença do dia indica que, de fato, Eduardo não compareceu à sessão. “Papel de filho da puta que você está fazendo comigo. Tens moral para falar do Renan? (Renan é o filho caçula de Jair) Irresponsável”, escreveu Jair a Eduardo. A cobrança prosseguiu: “Mais ainda, compre merdas por aí. Não vou te visitar na Papuda”, continuou. Jair se mostrou ainda preocupado com o que o filho estava fazendo. "Se a imprensa te descobrir aí, e o que está fazendo, vão comer seu fígado e o meu. Retorne imediatamente." A mensagem terminou com Eduardo irritado por ser comparado ao irmão mais novo, seguido de uma pergunta: "Voto em JHC ou João Fernando Coutinho?".
A assessoria de imprensa do deputado Jair Bolsonaro disse ao Correio que a troca de mensagens é de foro íntimo e não quis se pronunciar sobre o caso. Apesar disso, afirmou que provavelmente Lula Marques será acionado judicialmente por ter divulgado as imagens. “É uma conversa entre pai e filho que foi invadida por um fotógrafo, que possivelmente vai ser processado”, informou um membro da assessoria do deputado.
Críticas
As imagens postadas no Facebook por Lula Marques contavam com 711 compartilhamentos até a manhã de hoje. Para ele, as imagens ganharam importância porque se trata de um nome cotado para disputar as eleições presidenciais de 2018. “Eu só fiz e divulguei as fotos porque ele era candidato à presidência da Câmara. Vi que nem o filho estava lá para votar nele. Então, como ele quer ser candidato sem ter o mínimo de votos no parlamento?”, questionou o fotógrafo.
Nas mensagens, Bolsonaro critica o filho Eduardo por não parecer se importar com a votação para a escolha do presidente da Câmara
Nos comentários, partidários de Jair Bolsonaro criticaram o fotógrafo e levantaram a hipótese de as imagens se tratarem de montagens. Ao Correio, o fotógrafo, que tem mais de três décadas de carreira, reafirmou a veracidade das fotos. Sobre a possibilidade de ser processado, afirmou: “Se ele [Jair Bolsonaro] me processar, vou mostrar a verdade na Justiça”.
Reprodução: Correio Brasiliense/ [Lula Marques/Divulgação]


