

Dessa vez, a investigação recebeu documentos das autoridades suíças que, segundo o Ministério Público do Paraná, apontam que Gonçalves teria contas no país para ocultar o recebimento de propina. Com essas provas, foi solicitada a prisão preventiva do ex-gerente da Petrobras. Diferentemente da prisão temporária, na prisão preventiva, não há prazo para liberação do suspeito. Ricardo Pessoa, dirigente da UTC, e Mario Goes, operador financeiro do esquema, disseram nas delações premiadas que pagaram propina para Gonçalves. Segundo o MPF, eles apresentaram documentos de quatro depósitos de US$ 300 mil feitos no exterior, a partir de uma conta em nome da offshore Mayana Trading, mantida por Goes. Nesta nova fase da Lava Jato também foram usadas informações das delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht e de Pedro Barusco.
Além de Roberto Gonçalves, o MPF informou que pessoas físicas e jurídicas ligadas à corretora de valores Advalor Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. também são alvos da operação. Segundo o MPF, Goes, Barusco e o ex-gerente da área internacional da Petrobras Eduardo Musa afirmaram que usaram serviços da Advalor para receber propinas de contratos da estatal. O advogado de Roberto Gonçalves, James Walker, afirmou que não vai se manifestar sobre as acusações porque ainda não teve acesso a todas as peças dos autos do caso. Segundo ele, Gonçalves estava visitando familiares em Roraima e foi surpreendido pela operação. O advogado disse que chegará em Curitiba nesta quarta-feira (29) para ter acesso aos autos e, só depois, vai se pronunciar.
Reprodução: G1 Paraná


