

Ainda conforme moradores ouvidos pelo CORREIO, o ataque foi premeditado. Há quase um mês, circulou um áudio no aplicativo Whatsapp em que traficantes do bando de Silas planejavam o feito desta madrugada. “Eles diziam que iam retomar o controle das bocas daqui e que não iam perdoar ninguém. Dava para ouvir tiros. Mas ninguém acredita que isso pudesse acontecer, que ficaria só na ameaça’, contou uma moradora. Segundo ela, há cinco anos, Silas era quem comandava o comércio de entorpecentes no Garcia. “Ele era um cara muito violento. Não respeitava sequer os moradores. Todos tinham medo dele. Aqui era a única localidade que era CP. As regiões do entorno eram Caveira. Foi quando Vô veio da Gamboa de Baixo, chegou e tomou o posto. Ele controla aqui e lá (Gamboa de Baixo)”, disse uma moradora. A fonte contou ainda que ao contrário de Silas, Vô tem um tratamento diferente com a comunidade – através de uma política assistencialista. “Ele ajuda quem precisa. Se alguém não tem dinheiro para comprar um gás, um remédio, um prato de comida, ele dá. Antes, a praça era um local onde todo mundo fumava maconha na praça. Hoje, isso acabou. Acabou com os assaltos. Quem for pego roubando, toma um corretivo, inicialmente”, contou.
Baleados
O crime aconteceu por volta de 0h40, na rua Prediliano Pitta em quatro veículos e começaram a atirar na área em que estava ocorrendo uma festa do tipo paredão de som. Entre os baleados, um adolescente de 16 anos que foi atropelado por um dos carros usados na ação.
As vítimas feridas foram baleadas principalmente nos pés e nas pernas. Além do adolescente, Mateus foi atingido no tórax, na perna e no antebraço, o que faz a polícia acreditar que ele era o alvo dos bandidos. Além de Mateus, os demais feridos também foram conduzidos para o HGE. Estes chegaram na unidade médica por meios próprios. Apenas um homem em situação de rua, também baleado, foi conduzido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Reprodução: Correio 24 horas


