

O ato surpreendeu motoristas que passavam pelo local. "Estava indo buscar um passageiro mas me pararam aqui. Eles fecharam a pista, mas tem um cliente me esperando no Supremo [Tribunal Federal]", disse o taxista Gilberto Ramos. Um grupo pequeno de manifestantes chegou a descer a rampa em direção à chapelaria do Congresso – rota de passagem para visitantes e parlamentares –, mas subiu novamente sem conseguir acessar a parte interna do prédio. Por diversas vezes, mulheres que participavam do ato tentaram formar um cordão humano em torno do gramado central da Esplanada, na área próxima ao Congresso. O grupo foi impedido pela PM. Até as 16h10, havia informações de uma mulher indígena ferida e quatro índios detidos.
Com o início do tumulto, os índios dispersaram e liberaram a via, mas continuaram reunidos no gramado da Esplanada e nas áreas em redor dos ministérios. Caixões usados pelos manifestantes para simbolizar a morte de indígenas foram atirados no espelho d'água.
Evento nacional
Os grupos de diferentes etnias indígenas estão reunidos em Brasília para a 14ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL). O objetivo do evento é pedir mais respeito à natureza e à demarcação de terras. Líder indígena Hawaty Tuxá, do norte da Bahia, pede que a polícia libere quatro índios detidos na manifestação O evento é promovido pela Articulac?a?o dos Povos Indi?genas do Brasil (Apib) e deve se estender até a próxima sexta-feira (28). Parte dos índios montou acampamento em área próxima ao Teatro Nacional, no outro lado da Esplanada dos Ministérios, e aproveitou o trânsito de pessoas para vender artesanato e outros tipos de produtos.
Reprodução: G1


