

“Agora que eu estou vendo quanto os deputados sofrem com o descaso de secretários que, se colocar os votos que têm, não cabem em um fusca. Se comigo, o deputado mais votado da Bahia, demora 33 dias para marcar uma reunião, imagine com os outros parlamentares”, lamentou Nilo. As reclamações são tantas que o ex-presidente da AL-BA chegou a concordar com seu sucessor e atual líder da Casa, Angelo Coronel (PSD), sobre os impactos negativos que a manutenção do problema podem causar nas eleições de 2018 – quando Rui tentará a reeleição (relembre aqui).
“Coronel tem toda razão nesse aspecto. Muitos secretários não estão nem aí para pedido de audiência. O deputado não vai pedir um favor particular, vai pedir demandas da sociedade. Tem secretário que não atende telefone, não retorna, é um descaso total”, criticou. “Óbvio que quem sai com o prejuízo é o governo", alertou. Segundo ele, a “maioria esmagadora” dos gestores de Rui sequer ouve os pedidos dos parlamentares e não atendem nem aos próprios celulares. “O assessor de Jerônimo fica dizendo que o secretário está muito ocupado.
Muito mais ocupado é o deputado, que tem que percorrer os municípios para reconhecer as demandas da população. É uma coisa inacreditável, agora que eu estou vendo”, afirmou, ao relembrar que quando era presidente da AL-BA a relação era diferente e que as reuniões eram marcadas “imediatamente”. Ainda assim, Nilo fez questão de frisar que o problema não atinge todas as pastas da administração estadual. “O melhor secretário de Estado, tanto no quesito técnico quanto político, que respeita os deputados é Marcus Cavalcanti [Infraestrutura]. [Ele] Retorna ligação, marca no mesmo dia, conversa com o povo”, pontuou. Os problemas na relação entre secretários de Rui e os deputados é uma crítica antiga dos membros da AL-BA. Em janeiro deste ano, o governador chegou a prometer que os chefes das pastas marcariam audiências “com brevidade”
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