

A UTC atribuiu a crise financeira do grupo aos prejuízos com as obras de extensão do aeroporto de Viracopos, em Campinas, no estaleiro Enseada Naval e na hidrelétrica de São Manoel. Também culpou a recessão e a conduta adotada pela Petrobras que reteve mais de R$ 21 milhões em pagamentos de serviços já prestados, obrigando a empresa a demitir 400 trabalhadores. Em julho, a UTC fechou um acordo de leniência com o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU). Pelo acordo, a empresa se comprometeu a pagar R$ 500 milhões de multa em ressarcimento aos cofres públicos por desvios na Petrobras, Eletrobras e Valec.
"A UTC não só reconheceu seus erros e colaborou efetivamente com as autoridades, mas também se comprometeu a efetuar o ressarcimento e a reparação de danos à administração pública", diz o texto.
A UTC é investigada por irregularidades em contratos com a Petrobras, o que levou à prisão seu controlador, Ricardo Pessoa, que tornou-se delator. Nas investigações, ficou confirmado que a UTC participava de um cartel de empresas que fraudavam licitações da estatal. A empresa também foi acusada de pagar propina a ex-diretores em contratos obtidos com a petrolífera.
O escritório Leite, Tosto e Barros Advogados e a Starboard Restructuring Partners lideram o processo de recuperação judicial.
Reprodução: O Globo


