

O cálculo a partir da base de dados do governo federal leva em consideração três categoriais internacionais para registrar as mortes — por afogamento, por trauma ou por causa não identificada, todas decorrentes de acidentes com embarcações. O afogamento corresponde a 77% das mortes, e os traumas, 15%.
O levantamento desconsiderou outras categorias referente a mortes a bordo de transportes aquáticos, mas que não tiveram registros de acidentes com as embarcações. Caso estes registros fossem considerados, o número de mortes aumentaria para 1.289. As estatísticas mostram ainda que 79% das vítimas nos dez anos eram homens e 72% tinham idade economicamente ativa, entre 15 e 65 anos. No entanto, apenas 9% das mortes foi classificada como acidente de trabalho. O pior ano da série histórica foi 2008, quando 156 mortes foram registradas — 89 no Amazonas. Naquele ano, o estado teve dois naufrágios de proporções semelhantes aos acidentes desta semana, no Pará e na Bahia. Em fevereiro de 2008, o barco Almirante Monteiro afundou no Rio Amazonas, em Itacoatiara, a 260km de Manaus, e deixou 16 mortos. Três meses depois, outras 48 pessoas morreram quando a embarcação Comandante Sales naufragou no Rio Solimões em Manacapuru, a 100km da capital amazonense.
Reprodução: O Globo


