

Como forma de tentar sanar os problemas daqueles que, segundo avaliação da secretaria, podem ser recuperados, a Seinfra investirá, este ano, R$ 8 milhões – recursos próprios do estado. Este montante dará para intervir em nove equipamentos: Belmonte, Itaberaba, Canavieiras, Carinhanha, Castro Alves, Ibotirama, Prado, Brotas de Macaúbas e Valente. Os nove restantes interditados só devem ser recuperados em 2019. “O problema que nós temos é que na legislação municipal das cidades não há lei específica sobre construções nos arredores dos aeroportos e aeródromos, e isto faz com que, em algumas situações, fique sem poder operar, como aconteceu em Castro Alves e Amargosa”, afirma o secretário. A interdição de aeródromos e aeroportos, acrescenta Cavalcanti, interfere negativamente na economia da cidade. “É uma perda também do recurso público investido. O aeródromo é um equipamento público, como uma rodoviária”.
Fluxo de aeronaves
Prefeito de Amargosa, Júlio Pinheiro, que assumiu a gestão do município há três meses, conta que o aeródromo da cidade faz falta. “Está interditado há anos”, diz. O motivo é a construção de mais de 20 casas no entorno, além da falta de um muro de isolamento e da facilidade de acesso de pessoas e animais à pista. “Tínhamos um fluxo bom de aeronaves. Era um ponto de pouso para cidades da redondeza. Era muito utilizado no São João. Houve abandono nos últimos anos”. O prefeito diz que solicitou à Seinfra uma avaliação para analisar a viabilidade de recuperar o equipamento existente ou construir outro. Enquanto aguarda a resposta do órgão, ele afirma que ainda não há um planejamento para elaboração de um projeto de lei para criar restrições para as edificações no entorno. Os aeródromos só podem entrar em funcionamento com autorização da Anac. Segundo o órgão, há, na Bahia, 185 equipamentos, entre públicos e privados. A agência não informou os motivos de cada uma das interdições feitas pelo órgão federal.
Fonte: A Tarde


