Drama familiar

Bebê de 2 meses tem pé amputado em hospital na Bahia

Família acusa hospital de Ilhéus de negligência; Ministério Público investiga o caso

Foto: Reprodução
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Um bebê de dois meses teve um dos pés amputado depois de pegar uma infecção em uma unidade de saúde no município de Ilhéus, no sul da Bahia. O caso aconteceu na quarta-feira (2), no Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio.

De acordo com a mãe, Sara Ribeiro, o bebê deu entrada no hospital no dia 18 de maio com bronquiolite. A criança ficou internada na UTI, mas houve uma piora no estado de saúde. Em entrevista à TV Bahia, Sara falou dos momentos angustiantes que passou com o pequeno Heitor Gustavo.

“Meu filho foi internado com bronquilite. Ele precisou fazer um raio-x, quando estava sendo transferido, o acesso venoso que estava no pé dele saiu e teve um vazamento do medicamento. O pezinho dele deu necrose e acredito que foi por causa da demora no tratamento. Os médicos disseram que a melhor opção seria a amputação”, relatou.

Posicionamento da Sesab

Após o ocorrido em Ilhéus, a equipe médica transferiu o pequeno Heitor para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, para dar continuidade ao tratamento.

Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) afirmou que o bebê recebeu assistência integral, ininterrupta e humanizada nas duas unidades de saúde. A pasta ainda informou que todos os procedimentos adotados foram informados aos familiares.

Para que sejam apuradas todas as condutas no Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, será aberta uma sindicância. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) reafirma seu compromisso com a qualidade da assistência prestada, com a humanização do cuidado e com o suporte integral à família do paciente. Destaca ainda que as equipes das unidades estão disponíveis para esclarecer quaisquer dúvidas em relação às condutas adotadas.

MP apura o caso

Em entrevista à reportagem do PS Notícias, o promotor de Justiça Pedro Nogueira Coelho informou que a família acionou o Ministério Público da Bahia (MPBA) logo após o ocorrido, pois aguardava a regulação da criança para um hospital adequado, onde ela pudesse continuar o tratamento.

“Como o estado da Bahia ainda não tinha uma vaga disponibilizada, foi preciso o Ministério Público abrir um processo judicial solicitando uma regulação para o hospital de maior complexidade. Houve uma decisão judicial favorável e posteriormente Heitor foi transferido para o HGE”.

O promotor ainda explicou que o MP investiga o caso. “Já recebemos o prontuário do Hospital Materno-Infantil aqui de Ilhéus e estamos esperando o do Hospital Geral do Estado. A partir daí, solicitaremos ao Centro de Apoio e Defesa à Saúde a realização de uma perícia indireta, para que os peritos nos forneçam informações sobre uma possível ocorrência de imperícia médica ou negligência no hospital. Com base nessas informações, tomaremos as devidas providências”, pontuou Pedro Nogueira Coelho.

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