
O promotor do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Audo Rodrigues, classificou como “deselegante” e “desrespeitoso” o adiamento do júri popular do caso Sara Freitas, que ocorreria na manhã desta terça-feira (25) no Fórum de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador. A defesa abandonou o julgamento após alegar falta de segurança e estrutura.
“Uma grande estranheza. A realização do julgamento aqui não partiu de uma data recente, já se sabia há muito tempo que teríamos esse julgamento neste local. Tentou-se outros locais, mas o que eu enxergo é uma completa deselegância e falta de respeito com o Poder Judiciário, com a população e com os próprios réus presos”, afirmou o promotor.
Aldo disse ainda acreditar que a atitude da defesa pode estar relacionada à falta de argumentos e provas para apresentar durante o julgamento.
“Antes de começar o julgamento, fui questionado sobre a estratégia da defesa de dizer que não eram os autores dos fatos e de que não havia provas. O que me parece é que falta argumentação em plenário para trazer essas provas e o resultado foi uma completa deselegância e deslealdade processual”, reforçou Audo Rodrigues.
Ao todo, os três acusados pelo feminicídio da cantora gospel seriam julgados: Ederlan Santos Mariano, Weslen Pablo Correia de Jesus e Victor Gabriel Oliveira Neves.
Até o momento, não há nova data para o julgamento. A expectativa é que o júri popular seja remarcado no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador.
Relembre o crime
O assassinato de Sara Freitas ocorreu em 24 de outubro de 2023, na entrada do povoado Leandrinho, em Dias D’Ávila.
Eles estão presos preventivamente e respondem por feminicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, além de ocultação de cadáver e associação criminosa.


