

A oitivas foram realizadas na segunda-feira (19) e continuam nesta terça-feira (20). O docente de sociologia Alex Macedo está afastado desde outubro, enquanto o caso é investigado, e nega ter cometido assédio contra as estudantes.
A diretora do campus, Jacilda Laurindo, diz que o processo de apuração corre em sigilo. “A comissão é constituída por servidores, em ato do reitor da universidade. O processo corre em sigilo. A direção não pode ter nenhum tipo de interferência. Quem conduz é a comissão, que tem listagem de quem vai comparecer. Damos suporte apenas”, afirma.
O campus da universidade está ocupado há mais de 45 dias pelo movimento estudantil, em protesto contra a PEC 55, que limita gastos públicos. Por conta disso, as aulas estão suspensas na unidade.
Caso
Após a denúncia, o Diretório Acadêmico da universidade fez uma campanha contra assédio sexual, espalhou cartazes e promoveu debates entre os alunos. Em outubro, uma aluna ouvida pela reportagem, que não quis se identificar, disse que o professor propôs fazer sexo com ela, por meio das redes sociais. Outra aluna diz que se sentiu constrangida quando pegou carona com ele e o professor não parou de falar sobre sexo.
O professor admitiu que falou sobre sexo com alunas, mas disse que isso aconteceu porque era assunto da matéria e negou ter feito convites a elas. Em defesa, ele alegou que sexo é um assunto sociológico.
A diretora do campus, Jacinda Laurindo, disse que o professor pode ser afastado definitivamente. "Neste caso, uma vez comprovado, vai ser encaminhado para processo disciplinar e, até o desfecho disso, que seria o desligamento completo do professor", afirma.
A Uneb disse que repudia qualquer forma de assédio e afastou também uma professora que denunciou o caso, para garantir a apuração dos fatos.
Reprodução: G1


