

Eles foram presos na operação "Hera" em março e abril deste ano. Além deles, a então secretária de Educação e um motorista da prefeitura, que também estavam presos por causa da operação, foram liberados do conjunto penal.
Conforme o Ministério Público Federal na Bahia (MPF-BA), a operação em conjunto com a Polícia Federal pretendeu desarticular organização criminosa acusada de desviar verbas públicas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Um dos filhos e a secretária foram soltos na quarta-feira (17), e os outros dois presos na semana passada, de acordo com o diretor do presídio, tenente coronel Osíris Cardoso. Segundo ele, a Justiça determinou a liberdade provisória dos detidos, que respondem em liberdade.
De acordo com a assessoria da prefeitura de Medeiros Neto, os envolvidos seguem afastados das respectivas funções mesmo após a soltura, por conta de restrições impostas judicialmente.
Operação
Os filhos do prefeito e ex-secretários de Administração da cidade de Medeiros Neto foram alvos de mandados de prisão preventiva no dia 13 de abril, durante a segunda fase da "Operação Hera", que apura denúncias de desvio de verbas públicas da educação.
A primeira fase da operação foi realizada em março. Na ocasião, a secretária de Educação e um motorista da pasta também foram presos.
Segundo o MPF-BA, o esquema criminoso era executado, em sua maioria, por servidores públicos da prefeitura de Medeiros Neto, que inseriam dados falsos, como acréscimos salariais e gratificações ilegais, nos contracheques de servidores públicos municipais, escolhidos aleatoriamente.
Ainda de acordo com as investigações, após a compensação dos valores, os servidores eram obrigados a devolver os acréscimos ilegalmente recebidos à Secretaria Municipal de Educação.
"No curso das investigações, a Polícia Federal e o MPF constataram que os ex-secretários de Administração de Medeiros Neto teriam praticado atos de obstrução de provas e seriam os principais mentores do esquema", apontou o MPF por meio de comunicado oficial.
Conforme o MPF, durante a primeira fase da operação, a Justiça Federal determinou a indisponibilidade de bens e o afastamento dos cargos públicos de seis investigados; a condução coercitiva de quatro agentes públicos e a prisão preventiva de outros dois agentes, dentre eles, a secretária de Educação municipal.
Ainda segundo o Ministério Público Federal, até pronunciamento final do Poder Judiciário, prevalece em favor dos acusados a presunção de inocência, nos termos da Constituição. Em função disso, os nomes dos réus foram preservados.
Reprodução/G1


