

De acordo com Hildécio Meireles, que é presidente da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, nada melhor do que a data para evidenciar, mais uma vez, o erro cometido pelo governo ao extinguir o órgão. “O Derba, durante sua existência, foi forte indutor do desenvolvimento econômico do Estado. É preciso conclamar por reparações”, disse o deputado, sendo aplaudido pelos servidores que compareceram em peso à audiência.
Os servidores elencaram muitos impasses ainda enfrentados, a exemplo do não cumprimento de decisões judiciais. “E há aspectos muito mais graves, que envolvem vidas. Basta viajar pelas estradas baianas para ver o péssimo estado em que elas se encontram, por falta de manutenção, problema que se agravou com o fim do Derba”, frisou o peemedebista, citando as estradas e rodovias de sua região, o Baixo Sul da Bahia, nas quais trafega todas as semanas. “De Bom-Despacho, na Ilha de Itaparica, a Camamu, as estradas estão esburacadas”, apontou. Hildécio contou que, na semana passada, saiu de Valença a Nazaré, um trecho de apenas 40 km, e viu de cinco veículos parados na estrada, que não tem acostamento, com os pneus furados devido aos buracos na pista. “Isto à noite, colocando motoristas e passageiros sob risco”, acrescentou, conclamando pela sensibilidade do governador.
CARTA DA BAHIA
O presidente da Associação Sindical dos Servidores do Derba (Sasderba), Nilton Borges Ramos, aproveitou a oportunidade para apresentar a Carta da Bahia, onde os funcionários apelam às autoridades competentes, principalmente ao governador Rui Costa para que, “à luz da razão e de uma reflexão mais ponderada, possam, de fato, enxergar, com meridiana clareza, o mau passo que deram com a extinção do Derba”. No documento, eles advertem que “o Brasil vive, hoje, uma situação de desmonte, desvalorização, esvaziamento e até extinção dos Departamentos Regionais de Estradas de Rodagem (DERs), como, lamentavelmente ocorreu na Bahia, abrindo caminho para terceirização das obras de infraestrutura rodoviária, para a multiplicação dos pedágios e também para a privatização das rodovias, com a entrega das melhores estradas para a iniciativa privada”, descreveu Borges.
Borges disse também que a extinção do Derba originou um imenso vazio com relação à responsabilidade e ao dever de prevenção, conservação, melhoramento e construção das rodovias. Vazio que este que, poderá acarretar graves prejuízos à população e ao erário público, haja visto que os quase 20 mil Kms da malha rodoviária estadual, mais as pontes, as sedes das vinte Residências de Manutenção e os equipamentos, totalizam um patrimônio avaliado em torno de R$ 30 bilhões e que está sendo criminosamente dilapidado”, concluiu Borges.
Compuseram a mesa, além de Nilton Borges; Adolfo Garrido, presidente da Federação Sindical dos Servidores dos Departamentos de Estradas e Rodagens do Brasil; João Domingos, presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil; Lineu Neves Mazano, Secretário Geral da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil e Henrique Luduvice, presidente da Associação Brasileira dos Departamentos Estaduais de Estradas e Rodagens.
Fonte: ALBA


