

"Aí ele começou a falar que era advogado de uma empresa famosa de Salvador, começou a mostrar foto das mulheres, mas era só foto de WhatsApp, não tinha nenhuma com ele. Aí começou a se enrolar, a gente começou a notar que a história não estava batendo", contou Kamila ao Bahia Notícias. De acordo com a jornalista, não levou mais de 10 minutos para que elas estranhassem a situação e deixassem a mesa. No entanto, de longe, elas avistaram ele abordar outro grupo com mais três mulheres, todas aparentemente na faixa etária dos 30 anos.
Ao perceber que elas também deixaram a mesa, Kamila e as amigas tentaram conversar com o grupo para entender o que tinha acontecido. “A gente checou a história que é mentira, a gente saiu da conversa porque era machista, eu e minhas amigas somos mulheres esclarecidas, a gente estuda feminismo”, pontua, ressaltando que o receio delas era de que ele intimidasse ou até sequestrasse alguma mulher. Como conta a jornalista, num primeiro momento, as desconhecidas ficaram acuadas, mas ao ouvirem como ela e suas amigas foram abordadas pelo estranho, elas logo compartilharam a história. Com esse segundo grupo, o homem foi além, tentando intimidá-las dizendo que tinha uma arma no carro – ele manteve a chave do carro e o celular na mão durante os dois diálogos. "Ele estava o tempo no WhatsApp e a gente não sabia se ele estava dando serviço, de como era a nossa roupa e tal", suspeita Kamila. Um dos papos que chamou a atenção das mulheres foi a forma como ele abordou o estupro. De repente, ele começou a dizer que esse era o único tipo de caso que passava pelo escritório e ele não trabalhava.
Reprodução: Bahia Notícias


