

De acordo com o secretário da Educação, Walter Pinheiro, a proposta é que os desenhos nos muros sejam resultados de debates e reflexões sobre o cotidiano escolar: “O projeto vai utilizar o grafite como ferramenta de expressão da identidade cultural da escola, possibilitando que cada uma das unidades aponte suas carências, suas qualidades e as estratégias utilizadas para superar os desafios”, destacou.
Programação
Além da apresentação do projeto e da confecção de painéis com grafite, intervenções artísticas com DJ, fanfarra, rap e dança animaram o evento. Também foi realizada uma roda de conversa, que teve a participação da secretária do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Olívia Santana; da representante do Coletivo Enegrescer, Samira Soares; da blogueira Monique Evelle e da estudante do ensino médio do Colégio Estadual Helena Matheus, Ludmila Souza.
As convidadas abordaram questões relacionadas ao empoderamento negro, ao protagonismo juvenil e ao feminismo, e levaram palavras de incentivo aos estudantes. “A gente precisa mudar essa história de que meninas e meninos negros de periferia, que estudam em escola pública, não têm perspectiva. Sabemos que existem muitas carências e dificuldades, mas devemos acreditar que a educação é a principal alternativa para melhorar as condições de vida das pessoas”, destacou Olívia.
A titular da Setre enfatizou ainda a relevância de associar o grafite ao processo educacional: “É uma iniciativa muito bacana porque os meninos passam a se sentir respeitados na sua identidade, no seu jeito de ser. É uma forma de dialogar abertamente sobre os desafios e os problemas, e até mesmo de pactuar novas relações em favor da escola pública”, concluiu.
Fonte: Ascom Setre


