

Os peixes que serão doados fazem parte de um projeto produtivo da Bahia Pesca que utiliza tecnologia adaptada para a produção de peixes, por meio do sistema bioflocos, em áreas de seca. O sistema permite que o produtor passe até seis meses sem precisar renovar a água dos tanques. “Estamos realizando pesquisas com este sistema de produção, inédito na Bahia, desde novembro. Agora chegamos à fase final da pesquisa, com esta produção de 200 kg de peixes. Os resultados são animadores e, em breve, o sertanejo será beneficiado com a novidade. Ao contrário do que disse a música, o sertão não virou mar, mas vai dar peixe”, afirma o presidente da Bahia Pesca, Dernival Oliveira Júnior.
A tecnologia de bioflocos consiste na técnica de cultivo que estimula o crescimento de bactérias que fazem a assimilação em biomassa bacteriana, formando aglomerados compostos por restos de fezes e ração, bactérias e outros microrganismos. “Esse aglomerado é que chamamos de bioflocos. Essa técnica reaproveita a água do sistema e permite a diminuição de gastos com a renovação da água, reduzindo o consumo e o impacto ambiental e aumentando a eficiência e a sustentabilidade da produção”, explica o gerente de projetos da Bahia Pesca, José Sanches Júnior. A Bahia Pesca prevê a instalação, em cidades do semiárido, de tanques-lona com capacidade para 20 mil litros de água, que serão povoados com tilápias, peixe de fácil manejo e ótima adaptabilidade. Cada tanque será capaz de produzir, por ano, 3600 quilos de peixes. A Bahia Pesca está em fase de captação de recursos para a implantação dos sistemas nas comunidades rurais do estado.
Fonte: Ascom/Bahia Pesca


