

A Delta é suspeita de lavar R$ 307 milhões e de cometer irregularidades em obras do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) e na construção do parque aquático Maria Lenk, usando no Pan de 2007.
Alvo da Operação Saqueador, que investiga um suposto esquema de lavagem envolvendo verbas públicas federais, Cavendish teve a prisão determinada pela Justiça, mas nesta sexta-feira (1°) o desembargador Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, concedeu o direito à prisão domiciliar a ele e aos empresários Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e Adir Assad. Também foram beneficiados Claudio Abreu, ex-diretor da Delta, e Marcelo José Abbud.
Segundo amigos, Cavendish estava em Ibiza, na Espanha, quando a operação foi deflagrada. Agentes da Polícia Federal estiveram no apartamento dele, no Leblon, zona sul do Rio, na quinta-feira (30), mas não o encontraram. Ele teria viajado para participar de um casamento.
O empresário desembarcou de cabeça baixa e não falou com os jornalistas que estavam no aeroporto. Seguiu escoltado por policiais federais até o carro que o levou ao IML.
Todos os envolvidos terão de cumprir prisão em casa e precisarão usar tornozeleiras eletrônicas. A Folha apurou também que a decisão judicial os obriga a se afastarem dos comandos das empresas investigadas. Além disso, os empresários ficam proibidos de viajar e devem entregar os passaportes à Justiça.
(Reprodução: Folha de São Paulo)


