

A existência de pessoas presas sem determinação judicial, como o caso do pedreiro, de acordo com o defensor público Fábio Fonseca, responsável pela atuação, é recorrente no sistema prisional. Segundo o defensor público, trata-se de cerceamento do direito de ir e vir do cidadão, além de violação ao princípio da dignidade da pessoa humana. "Tal fato gravíssimo faz refletir sobre a importância da atuação da instituição nas unidades prisionais, visando coibir ilegalidade e violações a direitos humanos, sendo necessária a ampliação do quadro de defensores públicos não somente em Eunápolis, mas em todas as comarcas circunvizinhas", considerou Fábio. No município, o serviço de assistência jurídica gratuita, prestado pela Defensoria Pública baiana, foi reinstalado em novembro de 2015. Além dos danos materiais e morais causados ao cidadão, a ilegalidade apontada pela DPE/BA na comarca enseja, de acordo com o defensor público, dano aos cofres públicos, uma vez que o custo médio de um preso é de três mil reais por mês. Pela manutenção indevida de Paulo*, por exemplo, o Governo teve uma despesa desnecessária de aproximadamente 72 mil reais. Uma cópia dos autos será encaminhada ao Ministério Público da Bahia, neste caso, instituição competente pela representação contra o Estado.
Fonte: Defensoria Pública do Estado


