

Além de Eike, pelo menos, outros seis suspeitos de envolvimento com o esquema de corrupção durante o governo Cabral e presos nas operações Calicute, em novembro, e Eficiência, em janeiro, prestarão depoimento. Eike está preso na Penitenciária Bandeira Stampa, conhecida como Bangu 9, na Zona Oeste do Rio, desde o dia 30 de janeiro.
Também serão levados a depor o ex-secretário estadual de Obras do Rio, Hudson Braga; o doleiro Álvaro Novis; Ary Ferreira Filho, apontado como operador do ex-governador; o publicitário Francisco de Assis, o Kiko, e o empresário Flávio Godinho, braço-direito de Eike Batista na EBX, holding, e ex-vice-presidente do Flamengo.
De Eike, os investigadores entendem que ainda falta esclarecer alguns pontos da investigação. Há uma semana, no dia 31 de janeiro, o empresário esteve por mais de 4h prestando depoimento na PF. O seu advogado, Fernando Martins falou, na ocasião, que seu cliente não respondeu às perguntas e "que só falará diante do juiz".
Segundo Fernando Martins, Eike falou apenas que desconhecia a transferência de US$ 16,5 milhões a doleiros para serem repassados ao ex-governador Cabral.
Em depoimento, os irmãos Renato Hasson Chebar e Marcelo Hasson Chebar, operadores financeiros, desmentiram declaração dada por Eike Batista no ano passado de que jamais pagou propina ao ex-governador Sérgio Cabral.
Segundo os delatores, em 2010 Renato foi orientado a viabilizar o pagamento dos US$ 16,5 milhões a Cabral. Flávio Godinho, advogado considerado o braço direito de Eike, orientou Renato a fazer um fazer contrato de fachada entre as empresas Arcádia Asociados S.A., de propriedade de Renato, e a Centennial Asset Mining Fund LLC, de Eike Batista. Para justificar o repasse, os operadores disseram que mediaram a compra de uma mina de ouro pelo Grupo X.
Reprodução: G1


